Instituto Henriqueta Teixeira

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Artigo

28.03.10

Caracterização postural da jovem praticante de ginástica olímpica

GUIMARÃES MMB 1, SACCO ICN 2 E JOÃO SMA 3
1 Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo - USP, São Paulo, SP - Brasil
2 Laboratório de Biomecânica do Movimento e Postura Humana, Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, Faculdade de Medicina, USP
3 Laboratório de Avaliação Musculoesquelética, Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, Faculdade de Medicina, USP
Correspondência para: Silvia Maria Amado João, Rua Cipotânea, nº 51, Cidade Universitária, Butantã, CEP 05360-160,
São Paulo, SP – Brasil, e-mail: smaj@usp.br; marinamathias@gmail.com
Recebido: 27/09/2006 - Revisado: 08/03/2007 - Aceito: 22/05/2007

RESUMO

Objetivo: Identificar as alterações posturais em crianças praticantes de ginástica olímpica, com idade entre 8 e 12 anos.
Métodos:
Foram avaliadas 84 estudantes, 38 praticantes de ginástica olímpica e 46 não praticantes, com idade entre 8 e 12 anos. Foram realizadas fotografias de cada criança nos planos frontal anterior e posterior e plano sagital. As fotos foram analisadas através do software Corel Draw, v. 11.0, utilizando as ferramentas linhas-guia e dimensão (dimensão angular, dimensão vertical e dimensão horizontal), visando determinar os parâmetros das 19 variáveis qualitativas e 5 variáveis quantitativas.
 Resultados:
Ao comparar os sujeitos do grupo teste (GT) com os sujeitos do grupo controle (GC), observa-se diferença estatisticamente significante nas variáveis rotação medial de fêmur (GC 56,52%; GT 39,47%), antepulsão de pelve (GC 43,48%; GT 76,32%) e rotação de tronco (GC 67,39%; GT 23,68%). Observa-se também diferença significante em relação às medidas de valgo de joelho
 (GC 4,06 ± 2,32 cm; GT 3,14 ± 1,49cm), desnível de pelve (GC 0,69 ± 0,39 cm; GT 0,53 ± 0,33cm) e ângulo tíbio-társico (GC 86,93 ± 2,90 cm; GT 87,11 ± 4,17 cm).
Conclusão
: Ao analisar os resultados, nota-se uma tendência ao melhor alinhamento dos membros inferiores no grupo teste quando comparado ao grupo controle. Há um aumento da inclinação pélvica anterior e uma tendência ao aumento da hiperlordose lombar no grupo teste, fatores que podem predispor a praticante de ginástica olímpica a um desalinhamento sobre as estruturas esqueléticas, levando a quadros dolorosos, limitando a sua vida esportiva.
Palavras-chave: postura; fisioterapia; criança; esporte; ginástica.

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