Daniel Barsottini(1)*, Anderson Eduardo Guimarães(2)* e Paulo Renato de Morais(3)*
1. Educador Físico, Pós-graduado em Fisiologia do Exercício na UniFMU.
2. Educador Físico, Mestre em Engenharia Biomédica UNIVAP.
3. Professor e Pesquisador, Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento,
UNIVAP.
RESUMO
Criado em 1882, o judô, arte marcial caracterizada por um grande número de técnicas e bases filosóficas, tem sido apontado por vários estudos como um dos esportes que apresenta os maiores
números em ocorrências de lesões. Entretanto, existe uma carência para levantamentos detalhados de modo a possibilitar uma correlação causal entre aspectos técnicos e o panorama percentual das lesões encontradas. A amostra, constituída de 78 relatos de casos, foi obtida através da aplicação de questionário fechado, em 46 atletas do sexo masculino, com idade média de 23 ± 10 anos, e em 32 atletas do sexo feminino com idade média de 19 ± 7 anos. O tempo de prática dos atletas do sexo masculino foi de 9± 6 anos, sendo a graduação distribuída entre 20% com faixa preta, 50% com faixa marrom e 30% com graduação inferior à marrom. As atletas apresentaram tempo médio de prática de 5 ± 3 anos, sendo 9% com faixa preta, 25% com faixa marrom e 66% com graduação inferior. Através da aplicação de um questionário, observou-se que as lesões ocorreram com prevalência de 23% em articulação do joelho, seguido de 16% para ombro, 22% em dedos de mãos e pés; as demais ocorrências totalizaram 39%. Encontraram-se 10% de lesões leves, 9% moderadas e 63% de
ocorrências graves. A relação de ocorrência de lesões em treino atingiu 71% dos casos; 42% desse total ocorreram quando existiu a participação de um adversário mais pesado. Os golpes mais
freqüentes que ocasionaram lesões foram o Ippon seoi Nague, com 23%, o Tai otoshi com 22% e o Uchi mata com 9%.
Palavras-chave: Lesões esportivas. Judô.
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